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O embutimento de materiais distintos sobre uma superfície de madeira é muito antigo, anterior ao povo egípcio, que já utilizava ferramentas rústicas de cobre para embutir pedras preciosas em sarcófagos, baús, etc. Já o embutimento de chapas de madeira sobre a própria madeira, processo chamado de marchetaria, só passou a ser mais difundido a partir do século XVI, por meio de André-Charles Boulle, que era reconhecido por seu minucioso trabalho de marchetaria, chegando a se tornar mestre de ebanisteria (marcenaria fina), desenhando e confeccionando todo o mobiliário da corte do rei Luis XIV.

Atualmente usam-se vários tipos de lâminas para realizar um trabalho de marchetaria, podendo ser de madeira (natural, natural tingida ou madeira processada) ou até de outros materiais, contanto que tenham a espessura reduzida e possam ser cortados com a serra de marchetaria. A técnica mais comumente usada é a Tarsia a Incastro, na qual se sobrepõe duas lâminas de madeira, a que servirá como fundo e a que será usada para representar a forma que se esteja fazendo. Essas duas lâminas serão cortadas simultaneamente, gerando a forma e a contraforma, que serão encaixadas como em um quebra cabeça.

Os desenhos se destacam do fundo por diferenças de matiz, contraste, direcionamento dos veios, entre outras diferenças entre as lâminas usadas.



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